Juliano, 27, morreu atropelado. Alexandre, 26, foi vítima fatal de um acidente de moto. Poliana, 23, foi assassinada.
O que há em comum entre esses três jovens, além de serem vítimas da violência, é que seus amigos e conhecidos puderam saber de sua morte no Orkut por intermédio do eMortem.
Lançado no dia 12 de fevereiro, o aplicativo eMortem ainda tem poucas adesões no Orkut, mas Jan Souza, o seu desenvolvedor, acredita que quando os usuários da rede social perceberam a sua utilidade haverá mais interesse.
O aplicativo também está disponível no Facebook, Myspace e hi5.
Ao se cadastrar no eMortem, o interessado tem de indicar o nome de pelo menos dois amigos que ficarão responsáveis pela notificação de sua morte.
O aplicativo possibilita que o cadastrado informe se é doador de órgãos, como gostaria que fosse o seu velório, entre outras informações. Ali, também, seus amigos poderão fazer tributo post mortem.
Souza é formado em ciências da computação pela Faculdade Ruy Barbosa, de Salvador (BA).
Agnóstico, ele disse que teve a ideia do eMortem diante de uma reflexão existencial: “Quando eu morrer, quantas pessoas serão avisadas do meu enterro?”
Ele é doador de órgãos. Gostaria que em seu velório houvesse muita comida e que tocasse a música Creep Death, da banda Metallica. Quer ser cremado.
Souza (foto) reconhece que as pessoas, mesmo as das novas gerações, evitam pensar na própria morte, mantendo um tabu. Tanto que até amigos dele nem sequer quiseram conhecer o eMortem.
Essa mentalidade, contudo, disse, começa a mudar, conforme indicam as comunidades no Orkut que tratam do assunto, como a PGM (Perfil de Gente Morte).
“Agora, com a internet, esse tabu tende a ser superado com mais facilidade”, disse.
Colei do Paulopes Weblog
Gabi
março 12, 2010 at 8:11 pm
Muito bom…… eu add o mortem no meu orkut……. showwwwwwww!